Muitos brasileiros talvez não saibam, mas a Carta Constitucional de 1988 é a grande responsável por dizer quais são os nossos direitos, desde os direitos mais básicos como: saúde, educação, moradia, até os mais complexos, como por exemplo o direito ao voto.
É notável como a população está descrente com a política, mas é preciso lembrar que o país passou por 21 anos de ditadura militar. Inclusive, no momento que reconquistamos o regime democrático – mais precisamente em 15 de janeiro de 1985 – o país, que lutou pelas “diretas já”, via-se em um momento de renascimento e esperança. São 25 anos de estabilidade política!
Ademais, a Constituição brasileira de 1988 é considerada a mais avançada do mundo. Cabe lembrar que esta contou com forte participação do povo brasileiro.
Diversas classes sociais participaram desse processo e foi por meio de sindicatos, associações e comitês que, trabalhadores e cidadãos brasileiros levavam suas reivindicações. Durante 1 ano e 7 meses os constituintes trabalhavam para analisar as mais de 40 mil emendas. As 122 emendas populares contavam com mais de 12 milhões de assinaturas, sem falar nos abaixo-assinados, visitas coletivas ao Congresso e cartas publicadas em jornais.
E por quê esse assunto agora?
Estamos no ano de eleição e talvez você pense: “Lá vem o blá blá blá”, mas vamos jogar fora todo esse trabalho, que começou com o povo indo as ruas, lutando por uma nova ordem e que cresce até os dias de hoje?
Os políticos devem respeitar a Carta Suprema da qual falamos, e por isso, o poder está na mão do povo. É preciso escolher bem em quem votar.
Em suma: o povo fez a Constituição e também é o povo quem escolhe os políticos, sendo assim o poder está em nossas mãos, pena que muitos não saibam disso.
Ana Paula Molinari Machado
Estudante de Direito
