segunda-feira, 21 de junho de 2010

Impugnação gera polêmica nas eleições do DCE da PUC/PR

Por: Adriano Ribeiro Machado

Os mais de 20 mil alunos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná vão às urnas nesta quinta-feira (17) para escolher a nova direção do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Mas, nos bastidores, uma disputa entre a atual gestão e uma chapa de oposição polemiza e coloca em cheque à lisura do processo eleitoral. A principal polêmica é que a chapa de oposição “Até Quando?” foi impugnada poucas horas antes das eleições, mas ainda consta como opção de voto para os estudantes. “Eles impugnaram nossa chapa alegando campanha em lugar indevido: um adesivo colado na escada. Não divulgaram a impugnação para os alunos que iram votar, ou seja, ainda constam a opção 2 da nossa chapa nas cédulas”, reclama a ex-candidata a presidente da chapa de oposição, Nicoly Kulchesk. Segundo Nicoly os problemas no processo eleitoral para o DCE tiveram origem desde o começo da formação da Comissão Eleitoral. “A chapa da situação alterou o estatuto do DCE e o regimento às vésperas da eleição em uma assembléia sem divulgação e mobilização, com apenas 27 estudantes na lista de presença. E ainda formaram duas chapas laranjas para dominarem a comissão e decidir por todos os alunos da PUC”, afirmou. Com a impugnação da chapa de oposição, mas como ela aparece na cédula, os alunos da PUC/PR têm ainda quatro opções de voto: na única chapa na disputa da atual gestão “Identidade”; votar na chapa Ação, que considerada laranja no processo; votar em branco ou para anular o processo votar na chapa Até Quando?, deslegitimizando esta eleição fradulenta, sendo que se maioria absoluta de votos, isto é, 50% mais um foram nulos a eleição é cancelada. A chapa Identidade, por outro lado, justifica que a impugnação da chapa de oposição se deu por decisão da comissão e que essa decisão será levada aos alunos em edital depois das eleições. A chapa Voadora, que não participam das eleições e consideradas laranjas no processo, votaram pela impugnação da chapa Até Quando?. Na última quarta-feira (16), os integrantes da chapa de oposição realizaram uma reunião para debater a falta de lisura no processo. Compareceram cerca de 200 alunos de cursos variados. “O encontro foi importante para esclarecermos alguns pontos aos alunos, os motivos da impugnação e, principalmente para eles perceberem que o regimento não foi cumprido para todas chapas como deveriam, apenas para oposição”, comentou Mariana Dutra, uma das coordenadoras da chapa Até Quando?. No início desta quinta-feira apenas alguns estudantes puderem votar, pois poucas urnas haviam sido autorizadas pela comissão. E os alunos ainda se confundiam em quem votar, pois a chapa impugnada ainda constava como opção.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ideologia


Por volta do dia 30 de maio 2008, o mercado financeiro estava muito bem. “Eu disse estava, porque um dia após, inicia a segunda maior queda das bolsas mundiais”. O foco de todo o problema teve origem nos Estados Unidos, devido a empréstimos sub-prime (concessão de hipotecas a pessoas que não possui bons índices de pagamento). Após este episódio nos EUA a crise espalhou-se pelo resto do mundo. É fácil de avaliar que o mercado financeiro e os norte-americanos são os maiores capitalistas do mundo.
Mas desde o império romano o ideal capitalista já era praticado. O mercado especulativo surgiu no antigo império romano, este que é um dos marcos do capitalismo. Edward Chancellor mostrou em seu livro “Salve-se quem puder”, que a especulação desmorona muitos países e os levam a fortes crises.
A crise de 2008 demonstra a fragilidade do idealismo capitalista. Um sistema que prega a liberdade dos povos, os mais espertos se prevalecem e premia com a riqueza de quem a consegue. O ideal socialista é mais centralizado nas mãos dos governantes e diverge completamente do regime capitalista, o qual atualmente o ideal mais usado no mundo todo, sendo que seu maior pregador foi o EUA, sendo que hoje os norte-americanos não sabem quais ideais seu país acredita seguir.
No livro de Marilena Chauí, ela retrata muito bem o que é “ideologia”. Assim como filósofos, entre eles: Aristóteles, Karl Marx ente outros, defendem que uma sociedade tem que possuir uma ideologia para seguir.
Ideologia basicamente é, defender algo o qual nos identificamos, seja por interesse pessoal ou coletivo. Partindo dessa definição podemos explicar o idealismo capitalista e o seu opositor, o socialismo, da seguinte forma.
A palavra ideologia, apesar de soar como algo intelectual, nem sempre retrata essa ideia. Pois, grandes ideais como os que foram apresentados, não são de fácil aceitação pelo público, principalmente pelo público intelectual. Atualmente, torna-se mais difícil alienar o ser humano. Pois, vivemos em uma era em que a informação é de tão fácil acesso que permite que qualquer pessoa saiba o que está acontecendo do outro lado do mundo sem ao menos ela conhecer alguém que esteja lá. Por isso, tais ideologias foram e são aceitas até hoje (o socialismo com certa repugnância de alguns, assim como o capitalismo. Porém esse ultima com muito menos). Pois, contaram com a alienação de grande parte de seus participantes.
Nós nascemos com o idealismo capitalista e não nos dão o direito de seguir outro. Pois a sociedade em que vivemos adota o idealismo capitalista. Acreditar que o capitalismo é a melhor ideologia de vida é continuar contribuindo com crises financeiras, industriais e desemprego a todo vapor. Os EUA demonstraram o verdadeiro mal que o capitalismo causa na sociedade e as sequelas que perduram por várias décadas. Pois, no capitalismo prega-se a liberdade, liberdade que só existe para os poderosos, e a função da classe baixa é apenas enriquecer cada vez mais os ricos. O que ocorre é que, nenhum homem fica rico trabalhando. Ele enriquece explorando outros homens.
O contrário é defendido pelo socialismo, no qual o poder do Estado é muito maior, pois é tudo controlado, desde a economia até páginas na internet. Porém, a disparidade na qualidade de vida entre os cidadãos é muito pequena e muitas vezes nula.
Para quem deseja enriquecer, comprar carros importados, morar em mansões, passar as férias em Dubai, ter uma conta bancária milionária em um banco suíço e passar todos os dias com medo de a qualquer momento ter seu carro ou sua casa assaltados ou um familiar ser sequestrado por aquele cidadão que vive na miséria por que ele e milhões de outros é que estão mantendo o seu luxo, o único caminho é mesmo o capitalismo. Agora para quem deseja justiça e igualdade social, pois acredita que todo ser humano deve ser tratado igualitariamente, o melhor caminho é o socialismo.

Por: Jorge Rossa e Fernando Tomazi.